segunda-feira, 18 de março de 2019

Vem do nada

Mas do nada vem esse aperto no peito,
essa angústia,
essa dúvida de não saber se tudo está bem,
essa certeza de saber que nada é perfeito.

E do nada vem essa vontade de não ser,
uma dor de não querer,
lágrimas fluem como um rio,
e não sei que o fazer.

Que é que será de nós?
Que é que será de tudo?
De onde vem essa voz?
Por que eu me sinto mudo?

Mas do nada vem essa angústia,
esse aperto,
essa dúvida,
essa dor,
essa vontade de não ter vontade nenhuma.
E do nada ela volta a vir,
e assim, do nada,
ela passa a ser o tudo.

Todo dia é a repetição
dos medos que eu achei
que nunca fosse ter.
Medo de nunca ser.
Medo de não poder.
Medo de me perder
mais do que já estou perdido.

04 de fevereiro de 2019

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