Quanto de mim já é morte?
Quanto é vontade de matar?
As dores que sinto
são, acaso, uma prévia
da dor final próxima?
Quando virá?
Esse choro no travesseiro molhado
é prova inconteste da infelicidade,
da inutilidade de toda uma vida
vivida para o fim e só?
Quanto ainda resta de vida
nesse corpo inútil,
cujo joelho não me permite
atravessar o menor dos buracos
num simples pulo?
Quanto ainda resta de vida?
Quanto de vontade de viver?
E eu que tinha tantos planos.
Quando foi que os perdi?
01 de fevereiro de 2019
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