segunda-feira, 12 de março de 2018

Durante, sem antes, e depois

O que você achou?
Não sei ainda. É tudo muito novo pra mim. Ainda me excito pensando no que aconteceu, mas não sei de onde tirei coragem.
Você sabe de onde.
Sei mesmo?
Sabe, você sabe que sabe, nunca tinha te visto tão molhada daquele jeito.
É, eu não sei, talvez tenha sido a novidade.
Novidade, sei. Você é pior do que eu, percebi isso.
Pior? Como assim pior?
Você sabe como, percebi isso logo de cara.
Mas você fez o que sempre faz, só que com outros instrumentos.
Seus mamilos estavam ficando roxos.
Eu sei, mas, eu me acostumei, de certa forma.
Sua buceta nunca ficou tão melada.
Ah, mas a situação era nova, eu gosto de testar coisas novas.
Não era nova. Eu já havia te chupado daquele jeito.
Não. Quer dizer, pode ser que daquele jeito sim, mas não naquela situação.
Te excitou a situação, foi?
Talvez.
E quando eu meti os dedos?
Você sabe que do jeito que introduziu me faz tesuda logo.
Eu sei mesmo?
Você sabe que sabe.
E o polegar no clitóris?
Polegar? Não foi o polegar, você tava usando as duas mãos?
Eu? Claro que não.
Estava! Estava prendendo o clitóris entre dois dedos. PUTAQUEPARIU, que tesão aquilo.
Você notou até quantos dedos?
Eu notei três, o médio e indicador prendendo e o polegar esfregando.
Safada!
Você que é safada! Foi sentir ele duro que caiu de boca.
E como não cair de boca num clitóris pedindo a minha língua?
Delícia!
Tesuda!
Safada!
Obrigada!
Pelo quê?
Você sabe, por me fazer gozar?
E eu não gozei?
É que...
Cale a boca, sua puta.
Adoro quando fala assim.
E eu te amo.
Eu também.

E durante esse tempo todo, eu, de pau duro, apenas observava, quieto, no canto do quarto.

Acordei com sede, sentindo um calor infernal.


22 de fevereiro de 2018

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