Sôfrego desejo de ti,
este
espúrio sentimento,
impalpável,
indelével,
tão
contraditório
que
não se sustenta
e
diz o que não pode ser.
Do
teu vestido branco
a
vontade pulsante
de
despir tua pele
sentir
teu cheiro
o
teu gosto
o
teu gozo.
Sussurrar
no teu ouvido distante
as
palavras falsas
de
uma noite a sós,
sob
a luz fraca de uma lua invisível,
corpos
em suor,
mãos
em atrito suave,
beijos
maciços, extremos.
E
quando corpos estremecidos,
anunciantes
do gozo a caminho,
se
fizerem lençóis amassados
na
cama de nossos vis pecados,
que
eu seja a bruma esquecida
no
orvalho matinal
de
nossas nunca manhãs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário